Com o mercado mundial recessivo e a escassez de água, nesta semana o Conselho de Administração da Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) suspendeu a partir da próxima segunda-feira (6), temporariamente, as atividades da unidade de abate de suínos em Joaçaba. A medida não afeta a produção do conglomerado, mas gera R$ 7 milhões de economia em 2009. A unidade de Joaçaba reabrirá, sem data prevista, com investimentos em novo setor de industrializados e geração de água

A decisão resultou da acentuada e prolongada queda das exportações catarinenses de carne suína, o que impactou diretamente nos resultados da indústria, credenciada para exportações aos principais mercados externos. A insuficiência de água para suprimento da indústria que, desde sua inauguração, em 2002, aguarda investimentos pactuados com o Estado e o Município para a construção de sistema de captação de água bruta e destinação de efluentes, também colaborou para que a decisão fosse tomada.

Outra decisão da Aurora é a ampliação da unidade, que atualmente só produz carcaças. A industrialização de carne e geração de uma linha de produtos de maior valor agregado está sendo preparada. Assim, antes da retomada das operações industriais, a unidade receberá investimentos no suprimento de água e em um novo setor de industrializados.

A Aurora garante que a paralisação temporária de Joaçaba não representará nenhum recuo na atividade econômico-financeira, nem afetará a produção total de carne suína, pois o abate de Joaçaba (1.100 cabeças por dia) será transferido para as unidades de Chapecó e Erechim (RS). O conglomerado Aurora abate 12.000 suínos/dia e 420.000 frangos/dia. Além de não reduzir o volume de operações, esta medida otimizará os processos de industrialização.

"Vamos parar por um imperativo mercadológico e ambiental, mas vamos retomar com maior capacidade de processamento e de geração de riquezas", resume o presidente Mário Lanznaster.